sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Aos meus Conterrâneos (as),

Considero ímpar a oportunidade que tenho para dirigir-lhes esta mensagem.

Todas as eleições têm um condão cívico extremamente importante. Sei disso, porque sou eleitor desde 1950 e em todas as eleições tive a certeza que estava construindo uma democracia solida. Esta razão pela qual considero a eleição que ocorrerá no próximo dia 05 de outubro terá significado especialíssimo, não ocorrido nas anteriores.

Ela decorre de um clamor popular que brotou espontaneamente da nossa briosa juventude, nas ruas, em junho do ano passado reivindicando mudanças de rumo no jeito de administrar a coisa pública.

A nação se empolga desde já com o gesto histórico de sua mocidade. A vontade popular por novos rumos e com um sentimento insopitável de que é preciso mudar.

Com essa sintonia de princípios e propósitos é que me permito pugnar por nomes da mais autentica personalidade cidadã, candidatos de meu partido – o PSDB –à presidência da Republica, AÉCIO NEVES E ALUÍSIO NUNES FERREIRA. A estes me ligam, muito além dos laços de amizade, companheiros que somos como senadores, a admiração que lhes reconheço como gestores públicos exemplares. Firmeza de posições ideológicas estamentadas por princípios democráticos e perfeitamente assimilados, ao ideário de novos rumos para o Brasil.

Em nosso Estado, o sentimento também é de mudanças. São 36 anos de esperanças ainda acalentadas. Não se pode negar que algo foi alcançado pelas administrações pretéritas e atuais, mas nosso potencial de aspirações exige mais. Daí renovar valores é preciso.

Por isso, apoio, com entusiasmo, REINALDO AZAMBUJA E ROSE MODESTO. Com eles me identifico na luta que empreenderão por novos rumos para o nosso Estado.

Sentir-me-ei honrado que a cadeira que hoje ocupo, oriunda da eleição de MARISA SERRANO, da qual fui partícipe ao lado Senador ANTONIO RUSSO, seja conferida ao jornalista ANTONIO JOÃO, cidadão prestante que ostenta os méritos de cidadania vigorosa e firme, a quem recomendo o sufrágio do sul-mato-grossense.

Ressalto também MÁRCIO MONTEIRO, candidato a deputado federal sob o número 4545. Presidente do Diretório Regional do PSDB, ele tem prestado relevantes serviços à causa partidária e vem lutando com afinco pela valorização da ação política. Por estes motivos, recomendo o nome dele nestas eleições. Para deputado estadual, como sempre fiz, votarei na legenda por acreditar que a agremiação partidária do PSDB reúne pessoas em prol de objetivos semelhantes, que comungam dos mesmos ideais e que foram escolhidas como candidatas por representarem os melhores quadros do partido. Meu voto, portanto, é no 45!

Não preciso afirma-lhes, o governo é o resultado de uma ação conjunta dos poderes Executivo e Legislativo. Daí a relevância de que na Câmara dos Deputados, em Brasília, e na Assembleia Legislativa, em Campo Grande, o PSDB e os partidos aliados, estejam significativamente representados.

Por isso, oferecemos aos nossos conterrâneos e conterrâneas nestas eleições os melhores nomes, pessoas com elevado espírito público, motivadas pelo propósito nacional de renovação dos costumes políticos para melhor servir ao Brasil e ao nosso Estado.

Vamos levar avante as mudanças tão almejadas por aqueles que sonham com novos rumos para MS e para o País.

Conto com seu voto consciente!

Senador RUBEN FIGUEIRÓ

Artigo: É esse o governo?

*Ruben Figueiró

Uma das coisas mais preciosas da democracia é a liberdade de imprensa – e ela garante, em última instância, o trabalho imprescindível do jornalismo investigativo. Por meio da mídia, escândalos vêm à tona e desnudam redes de corrupção, esquemas sórdidos de enriquecimento ilícito e nomes (anônimos ou já conhecidos do eleitorado).

O mais recente deles abala estruturas em Brasília e na campanha à reeleição presidencial. Com certeza não é coisa urdida por conspiradores da oposição. A divulgação dos nomes de um ministro de Estado, parlamentares e governadores como supostos integrantes de uma organização criminosa que superfaturava licitações da Petrobras e desviava dinheiro para partidos políticos deixa um cheiro de podre no ar.

Nos bastidores o assunto circula há muito tempo. Só que agora ganhou corpo, voz, nome e sobrenome: Paulo Roberto da Costa, outrora homem de confiança de Lula, Dilma e tantos outros.

 O escândalo é de tão grande proporção que já está sendo comparado ao mensalão petista.

A resposta do Palácio do Planalto sob o comando do PT há 12 anos é sempre a mesma: “eu não sabia! Não posso tomar providências enquanto não tiver informações oficiais”. Dá vontade de rir, não fosse um assunto tão sério num País com tantas desigualdades e problemas estruturais.

Aliás, não é a primeira vez que o governo é “surpreendido” com denúncias de corrupção. Dilma é a chefe do Executivo há quase quatro anos, mas participa da gestão petista desde sempre. Antes de ter virado a pupila de Lula e se transformado em presidente da República - a despeito da falta de experiência eleitoral e carisma político - ela havia sido ministra das Minas e Energia, ministra da Casa Civil e presidente do Conselho Administrativo da Petrobras.

Na maior desfaçatez ela afirma que esse novo escândalo “em nada abala as estruturas do governo”. Realmente, não. Por que será então que antes de tomar providências como o afastamento do seu ministro suspeito de envolvimento na corrupção bilionária da Petrobras, já mudou a coordenação de sua campanha? Eu mesmo respondo: deve ser porque medidas enérgicas de combate aos malfeitos só podem ser tomadas depois do trânsito em julgado pelo STF. Já a “água sanitária” para tentar limpar a mancha em sua campanha eleitoral teve de ser usada de imediato.

Fazendo uma análise rápida posso concluir que o governo Dilma começou como uma árvore cheia de frutos podres. Ela até que fez uma podinha aqui outra ali, mas a raiz continuou mofada.

As atitudes de Dilma enquanto ainda era a auxiliar prestigiada de Lula já indicavam como ela agiria diante de denúncias quando fosse a chefa máxima da Nação. Dilma se declarou “surpresa”, assim como Lula, quando do escândalo do mensalão; também ficou surpresa com a elaboração do dossiê sobre cartões corporativos para atingir o ex-presidente Fernando Henrique; da mesma forma foi surpreendida pelas denúncias contra Erenice Guerra, sua substituta na Casa Civil, e assim por diante.

Nesse imenso lamaçal que se tornou a gestão pública na era petista, nos deparamos com o aprofundamento de mais um escândalo. Outros muitos virão.  Agora com nomes e sobrenomes. Pior, com gente de peso, que há décadas manda e desmanda neste país compondo a base política da gestão Dilma.

Boa parte destes personagens já ocuparam as páginas da imprensa nacional com outros escândalos. Afirmam repudiar as especulações do senhor Paulo Roberto da Costa, ex-diretor da Petrobras, preso desde março pela Polícia Federal e tido como um dos chefes da quadrilha que agia na estatal. Eles podem até repudiar e exigir a honra lavada, mas quem vai responder se engole essa conversa de repúdio e honra é o povo em cinco de outubro.

Por isso, pergunto, e provoco: é esse o governo que o brasileiro quer por mais quatro anos? Afinal, diga-me com quem andas que te direi quem és. 

*Ruben Figueiró é senador e presidente de honra do PSDB-MS

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Artigo: Mostra tua cara!

*Ruben Figueiró

Estava analisando o que a mídia tem chamado de “fenômeno Marina” e lembrei-me de uma música famosa do Cazuza da década de 80 que diz em seu refrão: “Brasil/ Mostra a tua cara/ Quero ver quem paga/ Pra gente ficar assim/ Brasil/ Qual é o teu negócio?/ O nome do teu sócio?/ Confia em mim”.

Tal música representava uma crítica à desigualdade social da época e à política que engatinhava no retorno à democracia.

Passados tantos anos, estes versos de Cazuza ainda são emblemáticos e atuais, se interpretados na conjuntura de hoje.

Quando faço alusão a esta música para falar da candidatura de Marina Silva, quero dizer que “Brasil, mostra a tua cara”, significa o desejo pulsante do povo de que as pessoas que conduzem a política sejam transparentes, verdadeiras e desnudem suas reais intenções.

É evidente que os brasileiros querem algo diferente. Caso contrário, os competentes marqueteiros de todas as campanhas eleitorais não teriam usado o bordão da “mudança” como peça chave de suas campanhas, independentemente da “cor” da candidatura.

E é aí que entra a minha análise sobre o “fenômeno Marina”. Entendo que o povo brasileiro, com a comoção enorme causada pela trágica morte do presidenciável Eduardo Campos, decidiu “presentear” Marina Silva com seu voto. Acredito, no entanto, que com o passar dos dias, os eleitores farão uma analise minuciosa sobre as propostas, ideias e intenções de cada candidato. E aí, neste momento, ficará claro que Aécio Neves é o que melhor representa a mudança segura. Neste momento, as incoerências de Marina Silva serão afloradas e são tantas que agora estão vindo a lume, bem ressaltadas nas contradições do seu plano de governo.

Algumas pessoas já percebem isso. Nas viagens que tenho feito pelo interior do nosso Estado ouvi de uma senhora uma análise pitoresca da personalidade política da candidata do Partido Socialista diante das marchas e contramarchas que ela tem dado em relação às suas intenções de governo: “Marina é só coerente com suas incoerências”.

No primeiro debate entre presidenciáveis, realizado pela Band em meados de agosto, Aécio demonstrou conhecimento, sobriedade e coerência; Dilma manteve a defesa da realidade cor de rosa de um País que está muito mais para o tom pastel, para não dizer cinza; Marina transpareceu posturas inflexíveis sob diversos aspectos, noutros não. Um sinal...

Tenho respeito pela trajetória de vida de Marina Silva, mas também enxergo incoerências entre palavras e ações da candidata do PSB. Agora, ela busca descolorir a condição de política de esquerda de sua origem. Como bem expressou o colunista da Folha de São Paulo, Luiz Fernando Vianna, “Marina está num partido do qual não gosta e que não gosta dela. Verde de raiz, tem como vice um militante do agronegócio”, setor, acrescento eu, pelo qual ela não tem demonstrado ao longo de sua carreira política apreço.

Por tudo isso, peço: “Marina, mostra tua cara!”

*Ruben Figueiró é senador e presidente de honra do PSDB-MS