sexta-feira, 23 de maio de 2014

Ibope cristaliza desejo de mudança

            A última pesquisa do Ibope não abriu esperança para a senhora presidente e sim desventura. Na verdade, é uma questão de campo de visão: Há que se considerar que a aferição aconteceu exatamente no pico de maior exposição da presidente no horário eleitoral gratuito de TV, com a chamada “propaganda do medo”.  Ou seja, os três pontos percentuais constituíram fruto da insistente e persistente presença da presidente nas mídias televisiva, radiofônica e da imprensa escrita e digital, no esforço de seu marketing para focalizar a sua imagem. Para mim, esses índices minoritários comprovam apenas que o resultado foi pífio.

Se considerarmos as margens de erro sua preferência pode estar estagnada no mesmo patamar da pesquisa anterior.

Na verdade, a avaliação de seu governo piorou. O desempenho entre o regular e o ruim suplanta com boa margem o que se apresentou de bom. Nas simulações de segundo turno ela cai significativamente. Nos quesitos ruim e péssimo os índices são crescentes. A vontade de mudança é forte.  Nestes aspectos, a pesquisa Ibope mostra uma crescente fragilização do governo.

Acredito que 2014 será a grande chance de mudarmos os rumos do País!

quarta-feira, 21 de maio de 2014

Artigo: O valor da descortesia

*Ruben Figueiró

Brasília assistiu nesses dias a uma romaria de prefeitos atendendo o chamamento de sua entidade corporativa. Recebi muitos deles que me manifestaram frustração, aliás, já repetida nos eventos anteriores. Disse-lhes que enquanto não se tiver na presidência da República um municipalista da gema, os municípios brasileiros não teriam a consideração e a assistência que merecem.

Prova de desconsideração ocorreu nesta XVII edição da Marcha dos Prefeitos a Brasília. Durante três dias, o debate girou em torno da crise dos municípios e a conjuntura eleitoral. Nada mais natural que na ocasião os três mil gestores municipais recebessem a “visita” dos candidatos à Presidência da República. Pois bem, a presidente Dilma Rousseff revelou uma face inusitada que, sinceramente, dela não esperava. Ao negar cumprimentos aos prefeitos por preferir um contato direto com a população, conforme divulgado pela mídia, Dilma negou um ato nobre da liturgia do Poder e com esta atitude desrespeitou a autoridade daqueles que chefiam as células mater da federação. Afinal, ela não é apenas uma pré-candidata, é a chefe máxima da Nação. Sua descortesia deixou como mensagem subliminar ser, para ela, positiva a concentração da administração do Brasil no Poder Central.

O que, na minha visão motivou a sua lamentável ausência na Marcha dos Prefeitos foi a sua convicção de que não poderia fazer mais promessas aos prefeitos porque as que fizera no passado hoje constituem um risco n’água e motivam a generalizada decepção dos gestores municipais com seu governo, o que motivou vaias nas duas edições anteriores do evento. Na verdade, até agora, a senhora presidente só têm transferido encargos e ônus financeiros aos municípios com seus programas mirabolantes.

Entendo, e isso manifestei na Assembleia Nacional Constituinte lá nos idos de 1987-1988 pela defesa do que se chamou de imposto único. Ou seja, os tributos seriam transferidos automaticamente, na chamada boca do cofre, para os três entes federativos: União, Estados e Municípios, nos percentuais que lhes coubessem. Assim, os Municípios deixariam de ficar com o pires na mão, rogando migalhas a presidentes e governadores eventuais.  Minha proposta não foi aprovada e infelizmente o miserê das municipalidades é uma triste realidade de hoje.

Muita coisa precisa mudar e 75% da opinião pública já sabem disso. Mas, muito além de ter conhecimento, quer escoimar do poder a prática arraigada ao longo da última década do malfeito.

*Ruben Figueiró é senador pelo PSDB-MS

terça-feira, 20 de maio de 2014

Plano Agrícola e Pecuário 2014/2015

Não se pode encarar o novo programa agrícola do governo que adicionou mais recursos à produção no campo como uma benesse ao setor produtivo que sugira uma manifestação de gratidão da senhora Presidente. É sim um gesto de reconhecimento pelo muito que o agronegócio tem contribuído para o PIB nacional.

Oferecer recursos oficiais ao setor produtivo rural é um dever de Estado e não uma ação com características eleitorais como o Palácio do Planalto quer fazer crer. Há que ressaltar que um dos maiores reclamos dos agricultores está na ampliação do seguro agrícola, hoje minimamente contemplado, se for levado em consideração que o país está iniciando um ciclo de abalos climáticos que poderão prejudicar os resultados da próxima safra agrícola com consequências inarredáveis para o desestímulo dessa atividade rural de vital importância para a economia nacional.