Participei hoje da sexta reunião com
representantes do governo federal sobre a questão indígena em Mato Grosso do
Sul desde que assumiu o mandato.
Ouvi do Ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, que “não dá mais para empurrar o problema com a barriga”. Fiquei
esperançoso e mesmo sendo um homem da oposição, não posso deixar de dar um
crédito de confiança à ministra da Casa Civil ao ministro da Justiça sobre a
intenção de resolver a questão indígena.
O encontro de hoje, promovido pelo senador
Delcídio do Amaral (PT-MS), foi entre a Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, o Ministro da Secretaria
Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o Advogado Geral da União, Luiz
Adams, parlamentares do Mato Grosso do Sul e líderes indígenas das etnias
Terena, Kaiuá e Guarani-Kaiuá.
A reunião foi esclarecedora e altamente
produtiva. O índio Terena, Lindomar Ferreira, os Kaiuás, Anastácio Peralta e
Valdomiro Aquino e o Guarani-Kaiuá, Tonico Benites, reclamaram da situação de
penúria e miséria de muitas aldeias e da atuação fraca da Funai. Eles
consideram que o produtor rural também é uma vítima desta situação. Os
representantes dos indígenas disseram que não é mais possível postergar a
solução após tantos anos e desejam que o governo estabeleça um cronograma de
ações efetivas e imediatas que reduzam a tensão fundiária.
O governo federal vai buscar o entendimento
entre as lideranças indígenas, os representantes da Famasul e Acrisul (como
órgãos representantes dos produtores), o governo estadual, o CNJ e o Ministério
Público. O importante agora, como bem disse o ministro da Justiça é acalmar os
ânimos.
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